18 fevereiro 2009

falida de canções


Feliz, e muito... porém, com toda a angústia que instala-se junto às deliciosas ameaçar de inverno. Feliz, mas ainda assim com olhos rasos d'água ao ouvir Medieval II... Como se houvesse no ar uma alegria triste, uma solidão melancólica, que apesar de ausentes em mim, sinto. Sim, estranheza e fragilidade na disciplina não-disciplinar amor. Talvez eu sinta a dor de todo o ultra-romantismo de um mundo onde já não há tempo ou lugar para se compor delírios e canções.

Pois que todos os dias passo por tantos diferentes imaginários, por tantos mais conflitos pseudopsicológicos que jamais sessarão. Ouvindo um rockzinho antigo, penso nos incontáveis mundos que desconheço. Sofro a cada pormenor de ausência e ignorância. Sofro ainda cada noite de inspiração que nasceu e morreu sob um edredon, sem que nada fosse dito.

A verdade, nua e crua, é que sou a um só tempo liberdade e prisão, no continuum corpo-mente perco-me até não mais caber de pavor. Sofro porque palavras não traduzem, muito menos aliviam, este meu estômago embrulhado. Em demasia felicidade, sou falida de todos os eu-líricos.
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